No sábado, 3 de agosto, Minas Gerais testemunhou um marco histórico para suas tradições culturais com o reconhecimento dos Congados e Reinados como Patrimônio Cultural do Estado. A celebração, que reuniu autoridades e a comunidade congadeira, destacou a importância dessas expressões que, há mais de 300 anos, moldam a identidade mineira.
O evento, realizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, contou com a presença do vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, e do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira. Ambos acompanharam a entrega do certificado de reconhecimento à Rainha Belinha, figura central dos Congados em Minas, seguida de um cortejo que culminou no Palácio da Liberdade, onde a bandeira de Nossa Senhora do Rosário foi erguida em um gesto simbólico de liberdade e fé.
O reconhecimento dos Congados e Reinados é resultado de um trabalho minucioso conduzido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), que desde 2021 cataloga e pesquisa essas tradições. A pesquisa culminou na produção de um dossiê que destaca a relevância histórica, social e cultural dessas manifestações, além de propor ações para sua salvaguarda.
O secretário de Cultura, Leônidas de Oliveira, destacou a importância de preservar essas tradições. “Nossos mestres e mestras mantêm viva a chama da fé e da cultura em Minas Gerais. Este reconhecimento é um compromisso para que as futuras gerações continuem a celebrar e praticar essas tradições”, afirmou.
O evento também integrou o Primeiro Festival Cozinha das Afromineiridades, que trouxe à capital mineira representantes de mais de 30 ternos de congados de diversas regiões do estado. Durante o festival, os participantes puderam celebrar a cultura afro-mineira por meio da música, dança e gastronomia, reforçando a ligação entre o passado e o presente, e o papel central do Congado na identidade de Minas Gerais.
Este reconhecimento do Congado e dos Reinados como Patrimônio Cultural de Minas Gerais é mais do que uma celebração; é um compromisso com a preservação e valorização das raízes culturais que tornam o estado um verdadeiro berço de tradições. Em Sabará, como em tantas outras cidades mineiras, essa tradição continuará a ecoar nos tambores e cantos que ressoam a história e a resistência de um povo.
Sabará
Para Sabará, uma cidade histórica com uma profunda tradição no Congado, o reconhecimento recente tem um significado especial. As Guardas de Congo e Moçambique, que há séculos fazem parte da cultura local, agora têm sua devoção e arte oficialmente valorizadas pelo estado. A cidade, que anualmente celebra a Festa de Nossa Senhora do Rosário, ganha ainda mais relevância no cenário cultural mineiro com este título. A edição de 2024 da Festa de Nossa Senhora do Rosário, realizada no último fim de semana na Praça Melo Viana, no centro de Sabará, é uma das celebrações mais tradicionais do município, exaltando a cultura, a história, a tradição e a fé em louvor à Santíssima Virgem. Durante o evento, os fiéis participam de rezas do terço, missas, repiques de sinos, procissões e carreatas com a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
No domingo Sabará recebeu diversos grupos de Congado.
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