O senador Eduardo Girão (Novo-CE) denunciou um suposto esquema de corrupção envolvendo o leilão emergencial para a compra de arroz no Brasil. Girão descreveu a situação como “potencialmente um dos maiores escândalos da história do país”. Entre as irregularidades, estaria o uso de empresas de fachada, incluindo lojas de veículos e até uma sorveteria.
Após indícios de corrupção, o governo federal tomou uma decisão drástica: anular o leilão público responsável pela compra de 263 mil toneladas de arroz. O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou a medida após suspeitas de irregularidades envolvendo as empresas arrematadoras. Essas empresas apresentaram “fragilidades” que comprometeriam a importação do alimento.
Ainda não há data definida para o novo leilão, mas a intenção é garantir que as empresas selecionadas tenham capacidade técnica e financeira para honrar os compromissos com o volume expressivo de dinheiro público.
O cancelamento ocorre em meio a denúncias de irregularidades no leilão. Além disso, há questionamentos sobre a capacidade operacional dos vencedores do edital para entregar o produto. A operação de compra do arroz movimentaria R$1,3 bilhão.
Um dos vencedores, a Queijo Minas, está instalado em uma pequena loja em Macapá (AP). A empresa receberia cerca de R$736,3 milhões do governo Lula. No entanto, o dono da empresa já foi citado em investigações sobre crimes em licitações e desvio de verbas públicas.
Desde o início da movimentação do governo federal para a importação do arroz, a justificativa para a compra do grão foi contestada pela Federarroz, associação que representa mais de 6 mil produtores do cereal. O governo Lula alegava que a importação era necessária para evitar o desabastecimento do produto.
Neri Geller pediu demissão após cancelamento de Leilão
De acordo com a Federarroz, cerca de 83% da plantação de arroz já foi colhida, e não houve prejuízo na colheita. A federação descartou o risco de desabastecimento e acionou a Justiça para barrar a compra.
Após o anúncio do cancelamento do leilão, o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, pediu demissão do cargo
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