O governo federal anunciou que as obras para duplicação e readequação do trecho da BR-381 entre o distrito de Ravena, em Sabará, e o trevo de Caeté terão início no começo de 2026. Conhecida como a “Rodovia da Morte”, essa importante via que conecta Belo Horizonte à região do Vale do Rio Doce é marcada por alto índice de acidentes, principalmente no trecho com muitas curvas que atravessa o município de Sabará.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o projeto foi dividido em duas partes: uma entre o Anel Rodoviário de Belo Horizonte e Ravena, e outra entre Ravena e o trevo de Caeté. A obra prevista para o início do próximo ano contempla esta segunda etapa, com duração estimada de três anos. Já o primeiro trecho, entre a capital mineira e Ravena, ainda não tem data definida para início das intervenções, em função de entraves na assinatura do contrato e na necessidade de desapropriações.
O principal desafio para a duplicação no trecho próximo a Belo Horizonte é a desapropriação de imóveis na Vila da Luz, onde aproximadamente 1.750 famílias serão impactadas. Segundo o Dnit, o processo envolve realocação dessas pessoas e riscos geológicos da região, tornando o planejamento mais complexo. O investimento total previsto para as obras e desapropriações nessa parte da rodovia ultrapassa R$ 1,3 bilhão.
A concessão do trecho entre o trevo de Caeté e Governador Valadares foi firmada em 2024 com a empresa Nova 381, que será responsável pela administração da rodovia por 30 anos e investirá R$ 9,3 bilhões. Este segmento terá cinco praças de pedágio, com valores entre R$ 10,75 e R$ 13,75, enquanto o trecho entre Belo Horizonte e Caeté permanecerá livre de cobrança.
Em visita a Belo Horizonte em fevereiro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o compromisso do governo federal com as melhorias na BR-381, importante para a segurança e economia da região metropolitana, que reúne cerca de 4 milhões de habitantes e tem tráfego diário de quase 25 mil veículos.
O projeto prevê a duplicação de 106 km da rodovia, além de correções no traçado, faixas adicionais, áreas de escape, pontos de parada para caminhoneiros e passarelas para pedestres. Com essas intervenções, espera-se reduzir os índices de acidentes e oferecer mais conforto e segurança para quem trafega diariamente pela “Rodovia da Morte”.
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